Notificação sobre o sarampo aconteceu na última sexta-feira, 25, quando o caso suspeito procurou uma unidade de saúde apresentando febre, tosse, conjuntivite e exantema.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) descartou a possibilidade de surto de sarampo em Natal. A preocupação sobre a doença surgiu após um homem de 54 anos ser diagnosticado com o vírus na última semana.
A notificação sobre o sarampo aconteceu na última sexta-feira, 25, quando o caso suspeito procurou uma unidade de saúde apresentando febre, tosse, conjuntivite e exantema (as manchas vermelhas características do sarampo).
Nos últimos dias, as ações pera impedir a contaminação uniram as estruturas da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) e do Município. As duas secretarias atuaram de forma conjunta para bloquear o vírus da doença. O natalense diagnosticado com sarampo, um professor universitário, foi infectado com o vírus em São Paulo. Ele permaneceu na capital paulista entre os dias 7 e 11 de julho. Ele só apresentou os sintomas entre os dias 23 e 24 de julho.
“Desde que a vigilância foi contatada, após a confirmação do diagnóstico, nós acionamos todas as pessoas envolvidas com o paciente. Para realizar o bloqueio e impedir o contágio, nós procuramos notificar todas que entraram em contato com ele ao longo dos últimos dias”, explicou Vaneska Gadelha, diretora do Núcleo de Agravos Imunopreveníveis.
Ao todo, desde a última sexta, mais de 400 pessoas ouvidas para impedir que o vírus alcançasse outras pessoas. Houve o registro de 260 vacinas aplicadas nos envolvidos, pois parte do grupo já estava imunizado. O grupo vai permanecer sob observação pelos próximos 30 dias.
Apesar do registro da doença, Vaneka Gadelha afirma que não há a necessidade de corrida aos postos de saúde em busca da vacina. “O chamamento é para colocar a carteira vacinal em dia. O objetivo é garantir uma maior cobertura contra a doença. Não é preciso correr para buscar a imunização”, disse.
Em 2018, segundo dados do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal na capital potiguar alcançou 85%, mas a meta era a de atingir 95%. A primeira vacina é aplicada ainda na infância, para crianças a partir de um ano de idades, na forma da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola). A segunda dose acontece após 15 meses, com a tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e catapora).
A vacina também se destina para as pessoas até 49 anos, principalmente na faixa etária entre 15 e 29 anos, caso não tenham recebido as duas doses previamente. Em Natal, as 70 salas de vacina estão abastecidas com a vacina. “Os postos de vacina vão promover uma triagem, mas só serão vacinados quem realmente necessitar da dose. Quem já recebeu as duas doses está imunizado. Não há necessidade de buscar reforço”, reforçou Vaneska.
O médico infectologista Petrônio Spinelli, atual secretário adjunto da Saúde estadual, ressaltou que não há riscos de surto da doença em Natal. “As pessoas podem ficar tranquilas. O poder público, tanto o estadual quanto o Município, está promovendo ações de prevenção e combate à doença. Vale lembrar que a vacina garante uma imunização permanente. É preciso olhar o cartão vacinal e verificar se há a necessidade de uma nova dose”, explicou.
O sarampo é uma doença infecciosa, viral e contagiosa, transmitida pela fala, tosse e espirro. Os sintomas da doença são febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e manchas avermelhadas na pele e brancas na mucosa bucal. A vacinação é a única maneira de prevenir a doença. A vacina que protege contra a doença é a tríplice viral, que também protege contra caxumba e rubéola.
As complicações mais comuns do sarampo são infecções respiratórias, otites, doenças diarreicas e doenças neurológicas. As complicações do sarampo podem deixar sequelas, tais como a diminuição da capacidade mental, a cegueira, a surdez e o retardo do crescimento. O agravamento da doença pode levar à morte de crianças e adultos.
Fonte: Agora RN
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